quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Escrever

Hoje surgiu uma saudade persistente, deu vontade de escrever, mas ecrever de verdade, no papel mesmo, com letras desenhadas.
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Escrever acalma, pois nos obriga a seguir um ritmo lento. Pensamos as palavras e elas vão surgindo devagar no papel. Talvez por isso os escirtores sofram tão comumente de disturbios de ansiedade, mas aprenderam a despejar tudo em inocentes folhas brancas.
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Pegar um lápis ou caneta, pousa-lo no papel, iniciando uma curva é um ritual antigo, de um tempo quase perdido. O papel e a letra escrita de punho, carregam uma pessoalidade intrinseca, ali estão as marcas de alguém, seus ímpetos, controlados ou não, sua explosão ou fluxo continuo.
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Podemos sentir antes mesmo de ler, toda a carga, o peso, a leveza, os odores de uma carta, um bilhete, um manuscrito. São como paredes e o chão, carregam significado em si mesmo.
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Escrever é depositar-se.

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